A percepção que temos sobre o mundo acaba influenciando
nossas ações sobre ele. Principalmente, influenciando as nossas ações sobre
nossa própria vida, fazendo com que tomemos as rédeas de nosso destino. Acredito
que existam pessoas que são infelizes justamente por não perceberem que suas atitudes
é que levam ao caminho para a felicidade. Para além disso, existem pessoas que acreditam
haver algo que rege nosso universo (um Deus, um espírito, um Uno, Demiurgo, uma
entidade, sei lá) e que basta ficar parada, sentada, esperando que as coisas
simplesmente acontecem. Não, gente, a vida não é assim.
Kant já aponta para a conformidade do homem diante da
estagnação. A emancipação dos indivíduos é um processo muito sofrido, pois requer
arcar com as consequências (não que isso seja ruim) de suas próprias ações. Em um
post de 2011, “Pensar dói”, já me referia a este processo quase físico de
emancipação da razão. Aquele que se emancipa não consegue voltar atrás. Uma vez
dado um passo para frente, sendo iluminado pela razão, o ser não consegue retornar
a um estágio anterior. Isso é o que dizia Kant. Ou mais ou menos isso.
Bem, que tem Kant a ver com isso? Tudo. Ao reler post
anterior, “Copo meio vazio”, percebi que estava entrando em um sentimento (eu
diria mais uma vibe, mas né, to superando
minha fase hippie) de negatividade, de conformidade, de estranhamento e
afastamento de algo que ainda está indefinido para mim. Não gosto disso, tento
me afastar desses sentimentos, manter a positividade. Mas aí eu olho o quadro ao
meu redor.
Quando estamos rodeadas de pessoas negativas e existem
coisas boas acontecendo conosco, é difícil não ouvir coisas com um quê de inveja, de desprezo. Sempre achei
que havia um escudo em mim, pois nunca dei bola. Sempre mantive minha cabeça tranquila,
na boa, não dando muita bola. Porém, existem momentos que estamos com a guarda
baixa e estes sentimentos acabam entrando e lentamente fazendo morada em nossa
cabeça. Nos tornamos esponjas e absorvendo as energias que estão emanando para
nós, sem podermos ao menos nos proteger delas. Complicado? Sim! Mais ainda,
perceber quando isso está acontecendo. Porque quando conseguimos fazer o
esforço referido por Kant de emancipação, a vida flui e as coisas acontecem. Mas
isso é uma escolha pessoal, uma opção. Nem todos conseguem, porém, percebo que
a maioria não quer.
Remédio para isso? Rodeie-se de quem você gosta, tome um
capuccino em boa companhia, relaxe, medite, cante, leia e sorria. Liberte-se da
negatividade e refaça seu escudo. A vida é muito mais do que blá-blá-blá-wiskas-sachê.
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