quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Retirando as teias

E tanto tempo faz que não escrevo para meu tão querido blog. Motivos? Tenho diversos, mas ao melhor analisar, não passam de desculpas para mim mesma. Tenho textos salvos, não acabados, questionamentos sem fim. Mas eu não quero falar de filosofia, não estou no meu momento mais filosófico. Talvez por isso eu não consiga terminar os textos. Eu quero falar de sentimentos.

Há alguns meses me encontro em um estado emocional completamente diferente para mim: o de não estar apaixonada. Isso pode até soar estranho (para mim, certamente), mas não estou apaixonada. Sempre fui uma pessoa romântica, que acreditava no amor. Uma pessoa que pensava que o amor é eterno, que tudo dura para sempre, que onde existe amor nada pode abalar. Pois bem, essa menina ingênua e romântica morreu dentro de mim. Ou se escondeu, tão bem que por mais que eu procure, não consigo achá-la.

Muitas foram as mudanças do meu último post para cá. Foi uma montanha de emoções sem tamanho, do estado mais sublime de felicidade para a mais profunda tristeza. Perdi pessoas queridas que muito amava, terminei um longo relacionamento, mas também fiz amigos, conquistei um excelente trabalho. Hoje, passado esse tempo posso dizer que me encontro emocionalmente bem, Porém, feliz? Não sei se estou feliz. Parece-me que falta alguma coisa.

Talvez seja esse sentimento chamado paixão, ou amor, ou afeto, ou carinho que me falta. É tão estranho acordar de manhã e não ter ninguém para quem se possa desejar "bom dia". Aí me pergunto "por quê deveria ter?". Sinceramente, não sei a resposta. As vezes penso que estamos de tal forma condicionados a estar sempre com alguma pessoa, a velha figura da metade da laranja, que eu me sinto um limão. Quem quer um limão? Essa falta de sentimentos me faz focar outros aspectos de minha vida. A faculdade, o novo trabalho, minha família. Mas ainda assim, não me sinto plena e completa. Será a falta dessa porcaria chamada amor?

Quem já sofreu por amor, sabe como é duro amar de novo. Principalmente quem se fecha em seu casulo, assim como eu. Mas acredito sim que eu vá me apaixonar de novo e amar, quem sabe. Entretanto, a doçura de viver o inesperado de cada dia é quase viciante. Quem quer se prender a alguém quando o mistério está logo ali, apontando na esquina? Quem quer se apaixonar e sofrer quando se pode sorrir com muito menos? Creio eu, que eu quero. Todo mundo precisa de amor, de ser amado. Infelizmente, minha experiência empírica comprova: sou feliz sozinha, mas não completa.

Do amor não adianta falar muito. Dizem que quando menos se espera ele vem. E vem como um turbilhão de emoções. A calmaria do amor vem depois. Então, vida, que venha o meu amor. Não pense você que eu ficarei parada, sentada, esperando isso acontecer. Não sou expectadora, sou protagonista. Se o amor vai bater a minha porta, vou limpar a casa, renovar as energias e deixar a porta aberta. Positividade sempre.