quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Vamos falar sobre política? Marina presidente? Não, obrigada!

Começa a propaganda eleitoral na tevê e começam as discussões políticas nas redes sociais. Acho esse movimento super interessante. E seria mais ainda se as pessoas se posicionassem criticamente, debatendo, pensando e enriquecendo o diálogo. Porém, vemos apenas trocas de ofensas entre eleitores e candidatos. Além disso, é triste ver que só se fala em política durante os breves dias de campanha.

Esse ano fiz algo que nunca havia feito antes: buscar informações. Isso mesmo! Li o programa de governo da Dilma, do Aécio e da Marina. Sinceramente? Nada de novo, nada muito diferente, todos dizendo que farão diferente, utilizando palavras chaves e rebuscadas que até me fazem lembrar de colegas pseudo-intelectuais das ciências sociais, que enchiam seu discurso de blá-blá-blá-wiskas-sachê, que mais confundiam do que esclareciam o pensamento. E você, já pensou em fazer isso? Te indico! É riquíssimo!

Somente assim você perceberá como os discursos são iguais. Talvez assim, você irá refletir sobre a trajetória política dos candidatos. Talvez assim, você pense de forma crítica e não acalorada sobre a política. Talvez assim, você tenha maior segurança no momento do seu voto. Acredito que isso não é pedir muito!

Particularmente, estou chocada com a quantidade de pessoas que estão fazendo campanha para a Marina Silva. Quando ela era candidata a vice, mal se falava na Marina, ela estava ali, uma figura apática na campanha. Depois da tragédia com Eduardo Campos, houve uma explosão de Marina pelo Brasil. Sério gente? Uma pessoa conservadora, que defende o neoliberalismo econômico, a privatização, o retrocesso dos direitos civis e sociais das minorias, tudo isso disfarçada sob uma manta de sustentabilidade? É essa pessoa que vocês querem para presidente do Brasil?

Em algum post eu li que "a política é ideologia". Não, pessoas! Política se faz no cotidiano, no nosso dia-a-dia, em nossas ações. Política é muito maior que partidos políticos. Não confunda. Pense, pesquise, busque informações. Esteja convicto do seu voto. Exerça sua cidadania com consciência. 


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Enquanto isso...

O que te deixa mais chocado: uma tragédia, a morte ou a pobreza? Não há resposta correta para a pergunta, mas cada uma delas pode dizer muito sobre sua personalidade.

Sim, sou um ser humano, sim eu me choco com a morte, com tragédias, mas não fico enfatizando isso. Há uma pobreza de informações e conteúdos na mídia brasileira, atrelado a facilidade de comunicação devido as redes sociais, que me deixa incomodada. Sim, Eduardo Campos morreu, unindo morte e tragédia, provocando espasmos de felicidade naquelas pessoas que alimentam seu espírito com essas informações. E sabemos que nossa sociedade está cheia delas! Infelizmente.

Respeito à família? Não se sabe o que é isso. Minutos após o acidente, já haviam inúmeras fotos e vídeos postados em todas as redes sociais, escancarando o que há de mais frio no ser humano: a busca pelo mórbido. Sim, vamos enaltecer a morte (pois todos viram ícones após morrer, até Hitler, não é mesmo?), vamos noticiar incessantemente a tragédia e vamos vender o luto. Isso me choca! Li em uma matéria a seguinte frase: “queda da Bovespa devido à morte de Campos”. Como assim, gente? E o Plínio morreu há pouco e ninguém falou nada, não houve alvoroço, talvez alguns lamentos inaudíveis. Ah, claro, o Plínio morreu sem tragédia, não houve espetáculo para o pão e circo brasileiro. Ok, agora faz sentido!

Enquanto isso, na África, pessoas morrem de fome, morrem de pobreza, morrem de ebola. Enquanto isso, nas favelas brasileiras, pessoas comentam no facebook que o Eduardo Campos morreu, sem conhecer sua trajetória política, apenas sabem que é o cara que apareceu ontem no Jornal Nacional. Enquanto isso, meu pai envia duas fotos e as seguintes mensagens de Maputo, capital de Moçambique, localizada na África Oriental:

“Acabei de chegar da feira. Miséria. Não tive coragem nem estômago para tirar mais fotos. É, minha gente, se a miséria tem fim, não é lá. Vocês não conseguem imaginar o que vi hoje.”


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

SOBRE A GREVE DOS RODOVIÁRIOS

Não me lembro de alguma greve que tenha me afetado tanto. Nem tão longa, nem tão resistente, nem tão forte, nem com tanto apoio de outros movimentos sociais. Não sou contra a greve, acho que qualquer categoria deve lutar e buscar seus direitos.

Obviamente, também estou sofrendo para me locomover na cidade. É ruim ter que pegar lotações cheias, operando acima da capacidade, pagar em dinheiro, e pagar caro! Porém, o que eu escuto são muitas pessoas reclamando dos motoristas e cobradores, que é um absurdo tanto tempo de greve, etc. Acredito que vocês, pessoas, que pensam e concordam com esses pensamentos, estão direcionando sua crítica as pessoas erradas.

Percebam que estamos vivenciando uma luta em que atuam diversos atores, nos quais nenhum quer abrir mão, ceder em prol da cidade. Sejam os trabalhadores por condições melhores de trabalhos, sejam os empresários que visam seu lucro, seja o governo que se abstém. De todos, nós sabemos que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, ou seja, dos trabalhadores. Contudo, o que vemos hoje é o lado mais fraco da corda se fortalecer e bater pé por aquilo que quer.

Em 2013 vivemos em nossa cidade movimentos sociais surgirem com força suficiente para mudar decisões de governo, pressionar setores da economia e essas atitudes ecoam. E não podem deixar de ecoar.

Se você, assim como eu, está descontente com a greve, revolte-se também. Mas revolte-se contra os empresários, contra o governo, contra quem tem poder e dinheiro, contra quem não está nem aí para a greve e contra quem está lucrando muito com essa greve. Pois no fim, tudo sempre volta ao mesmo tema: dinheiro!


Pense nisso!

sábado, 4 de janeiro de 2014

E lá vamos nós

Todo início de ano é a mesma coisa: prometo para mim mesma que escreverei mais no blog. Faço planos, crio expectativas (todas irreais) e nada dá certo. É frustrante, mas não consigo dar conta de tudo aquilo que planejo para mim mesma.

Ao mesmo tempo que busco a tranquilidade, viver cada dia, aproveitar cada momento, algo me escorre pelas mãos como água: eu mesma, uma constante contradição. Sou calma e tranquila ao mesmo tempo que pareço estar ligada no 220v.

Em 2013 dei um tempo para mim mesma. Parei de estudar, parei de escrever, parei de me cobrar. Foquei no meu trabalho com todas as minhas forças e obtive resultados. Mas agora chega, é hora de voltar, de retomar os planos, de seguir em frente e terminar ao menos uma coisa: a faculdade. Pois sim, tenho um grande problema, não termino as coisas que começo. Triste isso!

Porém, bóra lá, tentar, mais um vez, me formar filósofa! 2014, aí vamos nós!