quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Experiências válidas

Acredito que o homem enquanto ser só pode conhecer a partir de suas experiências. Este é um debate que permeia anos de pensamento filosófico e das demais áreas e cá estou, eu, uma mera estudante, pretendente a alguma coisa, afirmando que o conhecimento deriva de nossas experiências. Sim, estou fazendo isso.

O homem quando se permite conhecer através de suas experiências, enriquece seu intelecto. Quando conhecemos, algo muda em nós. Depois que temos posse de algum conhecimento dado pela experiência, já não somos mais os mesmos. Não podemos mais voltar a ser aquilo que fomos. Estamos em constante mudança. Créditos totais a Heráclito. Eu gosto dele.

O fato de conhecermos a partir da experiência não exclui que podemos produzir conhecimento através da razão. Sim, isso é possível. Mas a razão não tira nada dela mesma. A razão apenas trabalha com as informações que já possuímos através da experiência. A experiência é a fonte primária de qualquer tipo de conhecimento que o homem pode produzir.

Permitir-se viver, experimentar cada dia um novo dia, olhar para o outro lado, pensar de forma diferente, nos faz perceber que há uma grandeza no mundo que não pode ser apenas medida pela nossa racionalidade. De certa forma, nossa racionalidade nos aprisiona. Não podemos ser de todo racionais, não mesmo.

Ora, pois quem me conhece, deve pensar “O que essa louca tá dizendo, justo ela que coloca a racionalidade acima de tudo?”. Sim, justo eu, a louca que coloca a racionalidade acima de tudo. Essa mesma louca que consegue perceber, pela sua racionalidade que o mundo é mais que a razão, que o mundo também é experiência, é sentido e sentimento. Não acho que devemos nos jogar de cabeça no sentimento. Seria muito romântico da minha parte. Dizer que devemos sofrer, amar, odiar ou experenciar todos os tipos de sentimentos para depois racionalizar, seria um erro de minha parte. Mas digo sim, que devemos nos permitir.

Nos permitir viver. E se tiver que chorar, choremos. E se tiver que rir, que seja muito. Mas não devemos nos prender as simples questões sobre a razão. Nossa racionalidade não se enriquece sozinha. Ela precisa de mais. Precisa ser alimentada com aquilo que vivemos, que experimentamos.

Qualquer experiência é valida, seja boa, seja ruim.

___

Nenhum comentário:

Postar um comentário